O dia 28 de abril foi histórico. Sim, os trabalhadores pararam o Brasil! A maior Greve Geral desde 14 e 15 de Março de 1989. 100 anos após a primeira Greve Geral realizada em nosso país.
Cruzamos os braços e mostramos que não daremos trégua na luta contra as reformas da Previdência e trabalhista, propostas pelo governo Temer, e a terceirização já aprovada na Câmara.
Inúmeras categorias paralisaram suas atividades: metalúrgicos, petroleiros, operários da construção civil, bancários, químicos, metroviários, condutores, ferroviários, trabalhadores dos Correios e do comércio, servidores públicos federais das três esferas e dais mais diversas áreas, como educação e saúde, trabalhadores rurais. Muitas empresas, universidades, escolas e comércio também decidiram liberar seus funcionários porque entenderam que não adiantaria simplesmente ameaçar com represálias e se desmoralizarem, porque o clima era de “Vamos fazer Greve Geral” nos mais variados locais de trabalho.
Movimentos populares que lutam por moradia, pela reforma agrária e povos indígenas organizaram protestos, caminhadas, trancaram rodovias, avenidas. Estudantes ajudaram a fechar escolas, participaram das manifestações.
Por mais que a mídia burguesa tentasse negar o êxito da greve, seus repórteres trabalharam exaustivamente no dia para tentar cobrir tudo o que estava acontecendo. E não davam conta. Ainda que a mídia burguesa tentasse desviar o foco da paralisação absolutamente nacional, dando ênfase às ações mais radicais, não podia negar as inúmeras categorias paradas pelo país.
A resposta dos trabalhadores foi contundente: há muita disposição de luta contra as reformas do governo Temer. “Esse governo já desferiu outros ataques aos trabalhadores como a terceirização irrestrita, o congelamento dos investimentos sociais por vinte anos e a reforma do ensino médio. Agora quer impor o fim da aposentadoria e impor o fim dos poucos direitos trabalhistas garantidos na CLT”, Mancha reafirmou ainda que a classe trabalhadora não permitirá que lhes roubem tais direitos ao falar no ato de São Paulo, organizado pela CSP-Conlutas com a participação de outras entidades e organizações – confira a fala de Mancha em vídeo ao final da matéria.
“O sucesso da greve demonstra que os trabalhadores são contra essas medidas do governo e do Congresso envolvidos até o pescoço em corrupção. Esse Congresso da Odebrecht não tem nenhuma moral para votar medidas que mexem nos direitos dos trabalhadores”, salientou Mancha.
A nova lista apresentando 108 envolvidos nas propinas da Odebrecht anunciada dias antes da Greve Geral jogou lenha da fogueira da indignação dos trabalhadores, fortalecendo a paralisação nacional.
A CSP-Conlutas defende que não haja arrego por parte das Centrais Sindicais e movimentos dos trabalhadores, com a retomada imediata da mobilização, apontando urgentemente novas ações. “Se o governo Temer e esses políticos ladrões continuarem querendo nos atacar, vamos ocupar Brasília. Serão milhares, dezenas de milhares, centenas de milhares, mas nossos direitos não vão roubar”, defende Mancha.
Este 1o de Maio, unitário em muitos lugares, em outros não, terão em comum de ponta a ponta do país, como parte dessa luta nacional, bandeiras em comum: contra as reformas da Previdência e trabalhista e a terceirização.
A CSP-Conlutas defende o Fora Temer e os corruptos do Congresso Nacional e prisão aos corruptos e corruptores.
Confira abaixo parte da fala de Mancha, no ato em SP, e sua intervenção completa neste LINK.
Fonte: CSP-Conlutas.