Nos acordos estão previstos, no caso dos servidores da base do Sindprev-ES, dois reajustes: o primeiro de de 5,5% em agosto de 2016, e o segundo de 5% em 2017
Por enquanto, uma boa notícia para os servidores públicos federais. A Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem, 01, quatorze projetos de lei que contêm os reajustes aos servidores do funcionalismo público. A maioria é resultado de acordos de greve firmado com diversas categorias em 2015, no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, após muita luta, como é o caso da base do Sindprev-ES.
“Ano passado, com muita luta, garantimos esse reajuste. O governo interino não está fazendo mais do que a sua obrigação de cumprir com um acordo feito pelo governo afastado, mas do qual, o atual também fazia parte”, ressaltou a diretora do Sindprev-ES, Marli Brigida.
Nos acordos aprovados ontem estão previstos, no caso dos servidores da base do Sindprev-ES, dois reajustes: o primeiro de de 5,5% em agosto de 2016, e o segundo de 5% em 2017.
Culpa nos servidores
Pra variar, a grande mídia brasileira tem divulgado a notícia como um “mega” reajuste para as trabalhadores e os trabalhadores federais, com impacto de R$ 50 bilhões em quatro anos, autorizado pelo presidente interino, Michel Temer.
“Isso faz parte do velho discurso que sempre quer culpar nós, servidores e servidoras, pelos problemas do país. É bom lembrar, que mesmo com uma greve forte no ano passado, o reajuste que conquistamos não cobre a inflação acumulada. E com tanta corrupção, desvios, gastos com copa e olimpíadas ainda querem culpar os servidores que atendem a população? Isso é inaceitável”, aponta o diretor do Sindprev-ES, Willian Aguiar.
A direção do sindicato informa que se manterá em alerta e na luta para garantir que o reajuste saia mesmo do papel e para lutar contra outros ataques, como o PLP 257/16, que prevê várias medidas de ajuste fiscal, como a implantação de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para servidores públicos; aumento da contribuição ao plano de previdência para 14%, podendo chegar a 28%; autorização ao Poder Executivo para reduzir em até 30% os gastos da União, portanto, podendo congelar os salários. Por essas razões, este projeto é conhecido entre as entidades sindicais como o ‘PL das maldades’.
*Com informações da Fasubra.