Servidoras/es de todo o país reivindicam a recomposição salarial de 19,99%, que representa as perdas salariais no Governo Bolsonaro
Nessa quinta-feira, 24, a base do Sindprev-ES se reuniu em assembleia geral da categoria e decidiu manter o indicativo de greve e reforçar a mobilização da base para o movimento paradista. O movimento é realizado nacionalmente e pede a recomposição salarial de 19,99%, o acumulado de perdas salariais em três anos de governo Bolsonaro. Há também pautas específicas. No caso da base do sindicato, há o pedido por concurso público e por melhores condições de trabalho.
Na quarta-feira, 23, servidoras/os do Ministério do Trabalho e Previdência realizaram uma paralisação e, no INSS, trabalhadoras/es iniciaram a greve. A base do sindicato é formada por trabalhadoras/es nos seguintes órgãos e autarquias: Ministério da Saúde, Funasa, Anvisa, INSS e no Ministério do Trabalho e Previdência.
“Começou muito boa essa greve. Em alguns estados a greve está firme, como no Paraná, no Ceará, em São Paulo e em Minas Gerais. Temos 18 estados em processo de greve. Aqui no ES, vimos ontem [quarta-feira, 23] os companheiros do Ministério do Trabalho em paralisação. No INSS, temos servidores em greve”, destacou o diretor do Sindprev-ES Willian Aguiar, ao abrir a assembleia.
Aguiar também reforçou que, historicamente, a greve no Estado vai crescendo conforme o passar dos dias e o cenário nacional. “Historicamente, aqui no Estado, a greve vai crescendo de acordo com o movimento de greve em outros estados”, disse.
Clique aqui e confira a mobilização nos estados.
Durante o encontro, a base discutiu questões de mobilização nas Agências da Previdência Social (APS) e de como está a situação nos locais de trabalho. Em dado momento, alguns dos presentes apontaram que iniciarão o movimento grevista a partir desta sexta-feira, 25.
A partir desta sexta, o Sindprev-ES começará a estender faixas em frente às APS’s e outros locais de trabalho, informando que as/os trabalhadoras/es estão em greve. E a mobilização segue firme. Na segunda-feira, 28, o Sindprev-ES realizará um ato em Vitória, em frente à Agência do INSS da Avenida Beira Mar, no bairro Belo Monte, a partir das 7 horas. Mobilize-se e participe!
Alô, aposentadas/os! Some forças à luta pela reposição salarial da categoria. Participe do movimento e acompanhe as ações do sindicato.
Grupo de mobilização e aviso
Durante a reunião, o diretor do Sindprev-ES, William Aguiar, reforçou que as/os servidoras/es que aderirem ao movimento devem enviar um e-mail ao sindicato informando que estão em greve, bem como avisar à chefia imediata. E sobre o registro de ponto, devem marcar como “greve”.
O e-mail para envio da informação de greve é o seguinte: organizacao@sindprev-es.org.br.
Para reforçar a mobilização, a base também aprovou a criação de grupos de WhatsApp com as/os trabalhadoras/es que estão em greve. O objetivo é que a troca de informações, a mobilização e as discussões de conjuntura aconteçam de forma mais ágil.
Entenda a luta pela recomposição
Servidoras/es de todo o país iniciaram a Greve Geral Unificada do Serviço Público nessa quarta-feira, 23. As categorias reivindicam a recomposição das perdas salariais acumuladas ao longo dos três anos da gestão Bolsonaro. O percentual de perda é de 19,99%. E o governo está há mais de 60 dias sem abrir a negociação e atender às demandas das/os servidoras/es.
Além da recomposição, há pautas de reivindicações específicas das categorias. No caso da base do Sindprev-Es, por exemplo, há o pedido por concurso público e por melhores condições de trabalho.
O diretor do Sindprev-ES Willian Aguiar destaca que, no INSS, por exemplo, há um déficit de mais de 23 mil servidoras/es. Atualmente, no país, são 19 mil trabalhadores/es no órgão e uma demanda de 2 milhões de processos represados.
Março de luta
No dia 9 de março, o sindicato já havia realizado uma paralisação de 24 horas, com adesão da categoria do INSS nas APSs de São Mateus, Colatina, Vila Velha, Cariacica, entre outros locais. Clique aqui e confira.
Na terça-feira, 22, as entidades do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) foram chamadas, de última hora, para uma reunião na Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia. Contudo, saíram sem negociação, pois os representantes do governo informaram que não poderiam negociar.
Foi acordado que até o dia 1º de abril, o governo responderá às demandas das entidades do Fonasefe.