Trabalhadores paralisam suas atividades no hospital a partir das 07 horas. Novas assembleias vão decidir as próximas paralisações que são a resposta da categoria à política de enrolação do Governo do Estado
Os trabalhadores da saúde do Estado iniciam nesta semana as paralisações pipoca, que consistem em movimentos paredistas por locais de trabalho em dias definidos em assembleia setorial.
A primeira paralisação pipoca será nesta quinta-feira, 25 de julho de 2013, no (antigo) Hospital Dório Silva, na Serra. Os trabalhadores da unidade vão paralisar suas atividades a partir das 07 da manhã. A previsão é de que a paralisação tenha a duração de 8 horas. Os serviços especiais não serão afetados durante o movimento paredista.
“Iniciaremos nessa semana a nossa série de paralisações pipoca, contra a política de enrolação do governo do Estado, que não tira nossas dúvidas sobre o subsídio e não define os graus de insalubridade, e por conta disso, muitos trabalhadores atuam em áreas insalubres sem receber o adicional. Já reivindicamos de várias formas, mas o governo insiste em enrolar, por isso a categoria definiu pelas paralisações pipoca”, informa a diretoria colegiada do Sindsaudeprev.
Ainda segundo a direção, nesta quarta-feira, 24, haverá assembleia no Hospital Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha, para que os trabalhadores definam o dia da paralisação. A próxima assembleia será no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes) também em Vila Velha, na quinta-feira, 25.
Estado de greve
Cabe salientar que as paralisações pipoca atendem à decisão da categoria, que está muito insatisfeita com a política do subsídio e a retirada de direitos da classe trabalhadora por parte do governo do Estado.
“No dia 18 de junho, a nossa assembleia geral deliberou pelo estado de greve na saúde. Na manifestação que fizemos no dia 04 de julho, reafirmamos o estado de greve e a categoria, em peso, concordou com a proposta de paralisações pipoca. O governo tem que negociar, pois não está descartada uma greve geral na saúde”, alertou a direção colegiada.
Vale lembrar que não são apenas as questões salariais, pois os trabalhadores e o sindicato são contrários a política de privatização, representada pelas terceirizações e pelas fundações, OS e Oscips que vêm assumindo os hospitais públicos.