A reunião do Comitê Permanente para discussão dos Processos de Trabalho realizada nessa terça-feira, 6 de fevereiro, ocorreu de forma híbrida, com participação de representantes presencialmente e de forma virtual, e foi chamada, em princípio, para aprimoramento e discussão acerca do novo projeto-piloto para o atendimento ao público nas agências do INSS.
A proposta, já debatida e apresentada há mais de um ano, pretende viabilizar às/aos servidoras/es do atendimento e gerências de APS maior autonomia na gestão das tarefas e atribuições cotidianas, devolvendo suas funções de atendimento e esclarecimento à população de forma resolutiva, enquanto garante uma jornada de 30h semanais (6h diárias) àquelas/es que desejarem aderir ou que já estejam e pretendam continuar no atendimento ao público.
Neste caso, não haverá pactuação por metas ou novo programa de gestão, mas a pactuação será do conjunto do local de trabalho (APS), ou seja, por produto, a partir do atingimento de índices como TMA, TME, IR, etc., definidos a partir da realidade de cada local.
Inicialmente foi apresentado pela gestão um levantamento feito pela direção com dados sistêmicos, entre gráficos e tabelas, mostrando a situação atual de cada uma das agências do instituto em atendimentos/mês, números de servidoras/es lotadas/os, etc.
A partir dessa análise inicial, e conforme deliberado em reuniões anteriores, procurou-se selecionar 3 agências por superintendência, levando-se como critério o número de pessoas atendidas, sendo sempre uma de grande porte, uma de porte médio e uma de pequeno porte.
No período da manhã, tratou-se então prioritariamente de se elencar, a partir da análise dos dados iniciais levantados, as agências elegíveis ao programa segundo características acima citadas. Também se verificou a necessidade de conversar com as gerências locais para estreitamento da realidade e percepção sobre o projeto piloto, carências, dificuldades, etc.
No período da tarde então, por meio de videoconferência, alguns gestores e gerentes das agências pré-selecionadas responderam alguns questionamentos relevantes sobre o funcionamento das APS (tipos de atendimento realizados, número de servidoras/es em atendimento ao público e programas de gestão, interesse de adesão a proposta inicial).
A percepção de todos ao projeto piloto foi positiva. No entanto, vários discorreram sobre os problemas estruturais que prejudicam atualmente o cotidiano da agência e, portanto, poderiam impactar na aplicabilidade do projeto piloto em questão.
Todos os relatos vieram ao encontro das inúmeras intervenções da FENASPS quanto ao caos na autarquia, principalmente aos problemas estruturais constantes, quantitativo de servidoras/es e estagiárias/os, sistemas inoperantes e inconsistências cotidianas, obsolescência do parque tecnológico, entre tantos outros.
Diante disso, acordou-se a realização de um estudo mais detalhado e mais recente das atuais condições das agências do INSS, com dados mais detalhados que irão munir a decisão final na escolha das APS elegíveis, ratificando ou modificando a escolha, se for o caso.
Assim que esses levantamentos estiverem concluídos, uma nova reunião de forma híbrida ou presencial será convocada para andamento do projeto. Inicialmente a expectativa é que a mesma se realize ainda até o final de fevereiro.
Ao final da reunião, foi solicitada audiência emergencial com a Presidência e áreas técnicas correlatas do Instituto, de forma a tratar de assuntos até o momento sem resolução ou atendimento, apesar das reuniões anteriores já ocorridas, e que impactam diretamente nos processos de trabalho, saúde e satisfação do/a servidor/a na execução de suas tarefas diárias.
Para passar os primeiros informes e percepções da reunião do comitê, a FENASPS fez uma transmissão ao vivo no mesmo dia da reunião – 6 de fevereiro. Assista abaixo: