Após 47 dias, movimento grevista faz prefeito passar a respeitar a categoria!
Em assembleia no dia 04 de abril, os agentes comunitários de saúde (ACS) e os agentes de combate às endemias (ACE) decidiram por sair da greve, iniciada em 17 de fevereiro, no município de Serra. A assembleia foi realizada no auditório da Igreja São José Operário, em Carapina.
A categoria mostrou sua força em mais de 45 dias de paralisação, enfrentando liminar da Justiça, descaso do prefeito Audifax e até corte de ponto dos dias em greve.
“O movimento foi positivo, apesar de não termos avançado muito, mas foram 47 dias de greve, em que enfrentamos liminar da Justiça, risco de corte de ponto. E isso não intimidou a categoria que ficou em peso e fiel ao movimento. Estamos retornando, pois esgotaram todos os canais de negociações. E os ACS e ACE saem fortalecidos com o movimento. Isso porque o prefeito Audifax vai passar com a ver mais respeito esses trabalhadores”, avalia o coordenador do Sindsaudeprev-ES Domingos França.
A assembleia aprovou o estado de greve permanente. Ou seja, havendo intransigência por parte do Executivo, a categoria pode paralisar novamente as atividades.
“Nenhuma das categorias em greve na Serra teve grandes avanços. Mas os ACS e ACE aprovaram o estado de greve, na luta para que as pendências continuem sendo discutidas. Do contrário, podemos entrar em greve a qualquer momento, caso o prefeito deixe nossa categoria de fora de algum avanço para os trabalhadores municipais”, pontuou o diretor.
Parabéns, ACS e ACE
Independentemente das conquistas que vierem com a greve, os ACS e ACE de Serra estão de parabéns.
Após quase 50 dias em greve, realizando passeatas, atos em pleno Carnaval, mostrando ao povo serrano as reivindicações da categoria, todos esses trabalhadores já são vitoriosos. Mostraram que têm força para lutar! E que não vão aceitar os desmandos e a falta de respeito com a categoria por parte da administração municipal.
Parabéns, guerreiros e guerreiras!
Conquistas
-6% de aumento no salário a partir de maio – governo municipal queria dividir em duas parcelas de 3%;
-20% no tíquete-alimentação, que pode ser antecipado de setembro para junho;
-negociação dos dias parados para evitar o corte de ponto.
Negociações
A categoria segue na luta pelo piso salarial nacional como salario base – de R$ 1014; por melhorias nas condições de trabalho; redução da carga horária no verão; e plano de carreira.