Diretoria cobra que laudo de áreas insalubres seja feito com critérios para não prejudicar a categoria
Há mais de um ano sem receber a insalubridade, que é um direito constitucional, os trabalhadores da Saúde, que optaram pelo subsídio, seguem cobrando respostas do governo sobre o benefício e outros pontos da modalidade salarial.
Alerta à essa reivindicação da categoria, a direção do Sindsaudeprev-ES mais uma vez cobrou da Secretaria Estadual de Gestão e Recursos Humanos (Seger-ES) respostas sobre a pauta de reivindicações dos trabalhadores, em reunião realizada no dia 20 de agosto, na Seger, em Vitória.
“Nossa categoria está muito insatisfeita e tem toda razão, afinal quem optou pelo subsidio e atua em locais insalubres está sem receber a insalubridade, que é um direito do trabalhador. Novamente formalizamos diversas questões sobre o benefício e sobre o subsídio, diante dessa política de enrolação do governo”, afirmou a coordenadora do Sindsaudeprev-ES, Luceni Novaes.
Segundo ela, o sindicato cobrou que os laudos, que estão sendo feitos para avaliar os graus de insalubridade de cada local, sejam feitos de forma mais criteriosa.
“Temos informações que essas equipes que estão fazendo os laudos não estão percorrendo e analisando os setores como deve ser feito. Isso é perigoso porque se o laudo não for bem feito pode retirar o direito de receber a insalubridade de determinados locais de trabalho, por isso pedimos que isso seja feito da melhor forma para não prejudicar o trabalhador”, explicou.
Prazo
Segundo a direção do Sindsaudeprev-ES, os assessores da Seger que participaram da reunião, informaram que a insalubridade pode começar a ser paga em outubro.
“Eles (assessores) disseram que não podiam garantir que a insalubridade saia no contracheque de setembro, devido ao processo de avaliação dos graus de insalubridade. Mas a previsão que deram é que saia no contracheque de outubro ou em folha suplementar”, adiantou a coordenadora Luceni.
O sindicato também levou questões como as dos trabalhadores municipalizados.
“Queremos uma posição oficial do governo, pois os municipalizados, em sua maioria, trabalham com o grau mínimo de 20%, queremos saber como ficará essa situação”, cobrou.
A parcela da categoria que não fez adesão ao subsídio também foi contemplada nas reivindicações do sindicato.
“E os trabalhadores que não puderam fazer adesão à modalidade salarial do governo, eles terão qual percentual de insalubridade ou terão valor fixo”?, questionou.
Reenquadramento. Outro ponto discutido na reunião foi a questão do reenquadramento de vários cargos, como vigia, auxiliar de enfermagem, almoxarife, gesseiro entre outros, pois o sindicato não quer que o trabalhador seja prejudicado devido à extinção de algum cargo e que haja isonomia salarial entre cargos com funções similares.
Essas questões já haviam sido levadas pelo sindicato. Mas diante da enrolação do governo, a direção mais uma vez oficializou a pauta de reivindicações da categoria para buscar garantir esses direitos aos trabalhadores.