As mulheres do Seguro e da Seguridade Social estão na luta pela dignidade nas relações de trabalho e afetivas, igualdade de gênero, raça e também salarial, e pelo fim do assédio sexual e moral
Uma multidão tomou as ruas da capital federal neste domingo, 8 de março de 2020, para realizar mais um ato em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A organização da manifestação estimou a participação de mais de seis mil pessoas. Visando a participação neste ato, inclusive, a Fenasps seguiu uma programação diferente nas suas atividades.
A praxe é que os encontros setoriais da base da federação – Seguro Social (INSS), Seguridade Social (CPST) e Anvisa – sejam realizados aos sábados, precedendo a Plenária Nacional no domingo seguinte. Mas desta vez a plenária foi realizada ainda na noite do sábado, 7 de março, para que todos pudessem participar do grande ato previsto para este domingo, que também ocorreu em pelo menos outras 22 capitais e diversas cidades do interior do país.
Os representantes da Fenasps e de sindicatos estaduais de ES, CE, GO/TO, MG, PA, PR, SC, RJ, RN, RS e SP, e das oposições sindicais da BA e do DF, acompanharam diversos movimentos de mulheres, outras entidades sindicais, e movimentos de trabalhadoras do campo e da cidade, além de estudantes e ativistas LGBTI.
Uma voz que não pode ser calada
Concentradas desde às 7h da manhã no pavilhão do Parque da Cidade, as manifestantes saíram em marcha em direção ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, estado com a quinta maior taxa de feminicídios em todo o país em 2019. Já em 2020, apenas nos dois primeiros meses foram registradas em Brasília, segundo a SSP-DF, 2.574 ocorrências de violência contra mulher e seis feminicídios, todos realizados da forma mais covarde e cruel possível.
Após um breve ato em frente ao Buriti, as mulheres seguiram em marcha até a Torre de TV, um dos ícones da cidade, onde encerraram o ato, colorindo de todos os tons por onde passaram, com direito a orquestras de tambores e fanfarras. Marielle Franco foi uma das personalidades, dentre outras que se destacaram pela luta feminista, mais lembradas durante o ato, que ocorre a menos de uma semana do marco de dois anos do assassinato da vereadora, ocorrido em 14 de março de 2018.
As mulheres do Seguro e da Seguridade Social estão na luta pela dignidade nas relações de trabalho e afetivas, igualdade de gênero, raça e também salarial, e pelo fim do assédio sexual e moral. Contra o machismo, o racismo e o fascismo! Não queremos rosas, e sim respeito!
Fonte: Fenasps.